Não há bênção maior que uma mãe possa dar a filha do que uma confiança na veracidade da sua própria intuição.
A intuição é transmitida de pai pra filho da forma mais simples. Você tem um bom raciocínio.
O que você acha que está por trás disso tudo?

A intuição prevê a direção mais benéfica a seguir. Ela se autopreserva, capta os motivos e intenções subjacentes e opta pelo que irá provocar o mínimo de fragmentação na pisque.

O vínculo com nossa própria intuição propicia uma forte dependência que resiste a tudo.
Como o lobo, a intuição selvagem tem garras que abrem as coisas e as sujeitam; ela tem olhos que enxergam através dos escudos da persona; ela tem ouvidos que ouvem sons fora da capacidade de audição do ser humano.
Com essas espantosas ferramentas psíquicas, a mulher assume uma consciência animal astuta e até mesmo premonitória, que aprofunda sua feminilidade e aguça sua capacidade de se movimentar com confiança no mundo exterior.

Para melhor ouvimos nossa intuição precisamos alimentá-la. E ela se alimenta de vida, quando nós prestamos atenção a ela. De que vale uma voz sem um ouvido que a receba?

Quantas vezes dizemos: ” Eu sabia que devia ter seguido minha intuição. Pressenti que devia ou não ter feito isso ou aquilo, mas não lhe dei ouvidos.”

Nutrimos o profundo self intuitivo ao prestar atenção a ele e ao agir de acordo com sua orientação. Funciona como os músculos do nosso corpo. Se um músculo não for usado, ele acaba definhando.
A intuição é exatamente igual: sem alimento, sem atividade, ela se atrofia.

A maioria das pessoas hoje em dia está vivendo uma personalidade normal nivelada.
É exatamente esse “excesso de normalidade” que vai nos contaminado até que tenhamos uma vida rotineira e sem vida, sem que fosse isso o que realmente pretendêssemos.

Essa situação estimula a negligência para com a intuição, que, por sua vez, produz a falta de luz na psique.

Através da reconexão com a intuição, aprende-se a não se intimidar diante do poderoso, do cíclico, do imprevisto, do inesperado, do vasto e do imenso, que é a escala da Natureza, do peculiar, do estranho e do incomum.

Nossa intuição é nosso único Mestre.

Kashi Dhyani
Proprietária e Chef do Restaurante da Kashi (Maringá – RJ)
Inspirado no livro maravilhoso Mulheres que correm com os lobos de Clarissa Pinkola Estés