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Vamos falar de amor? | Renovatio Brasil
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9 de março de 2018 Creartcode

Vamos falar de amor?

Vamos falar de amor?

Nunca fiz uma pesquisa, mas se fizesse, acredito que o amor ocuparia os primeiros lugares na lista dos temas mais abordados em livros, filmes e canções.

E mais uma vez falaremos de amor? Sim. E mais uma vez não concluiremos. Por isso continuaremos a produzir poemas, declarações e confissões na tentativa de revelar esse mistério e acalmar os sentidos.

Afinal, o que é o amor? Peçamos auxílio aos poetas. Segundo o compositor Nando Reis: “O amor é o calor que aquece a alma”. Já Clarice Lispector diz assim: “Amor será dar de presente ao outro a própria solidão? Pois é a última coisa que se pode dar de si”.

Em outra via, a da psicanálise, Jacques Lacan não se propõe a definir o que é o amor, mas afirma: “Amar é dar o que não se tem“. Enigmático?

Podemos pensar em duas posições no amor, a do amante e a do amado. O amante ama porque algo lhe falta e, mesmo sem saber o que seja, ele procura no ser amado esse algo que o completaria. O amado não sabe o que tem, o que é a causa do amor do outro. Se o tem, está oculto também para si. Ambos, amante e amado, são seres falantes e faltantes. O amante não sabe o que quer e o amado não sabe o que tem (se é que o tem) para dar. Então, certamente, o que um supõe ter para dar não é o que falta ao outro.
Mas, apesar disso, ou talvez, exatamente por isso, seguimos amando.
Como disse Carlos Drummond de Andrade: “Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita “.

Enquanto escrevia esse artigo, vi um filme russo chamado “Sem amor”. É um filme de 2017 do diretor Andrey Zvyagintsev. Nas primeiras imagens já se apresenta o tom do filme. São cenários gélidos, desérticos, sem cor, quase sem vida. Assim também se mostram quase todos os relacionamentos. Passei o filme em estado de perplexidade, suspensa numa tensão que não se mistura com emoção. Ao buscar o afeto no filme, me deparava com um vazio. Os diálogos são crus, às vezes, cruéis, mas a emoção não chega à superfície ou ao espectador. Nas imagens, diálogos e sentimentos   (ou melhor, na falta deles) durante o filme, o que o diretor me transmitiu é que sem amor não há vida.

Nos falta uma definição última sobre o amor, mas, que bom que isso não nos impede de amar, porque como diz Pablo Neruda: “Se nada nos salva da morte, que pelo menos o amor nos salve da vida”.

Simone Aziz
Psicanalista
Tel: 2719-7091
E-mail:simone.aziz.psicanalise@gmail.com


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