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Ser em essência e maturidade | Renovatio Brasil
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6 de julho de 2018 Creartcode

Ser em essência e maturidade

Por Carlise Lima
Tem algumas frases que a gente escuta ou lê, num período da vida em que nos encontramos mais amadurecidos, que causa até estranheza.
“Dá para perceber sua essência!”, “Você é uma pessoa autêntica” , “Você é muito verdadeira” e por aí vai… são algumas das frases que ouço e falo obviamente, quando noto em alguém esse tipo de características. Não que me cause estranheza a identificação do perfil, mas me causa estranheza justamente o causar esse tipo de perplexidade nas pessoas, porque devia ser algo natural entre todo mundo, o ser exatamente aquilo que somos.
A questão de amadurecimento não tem nada a ver com idade, observamos diversos jovens muito maduros e pessoas com mais idade com comportamentos infantis.
Muita gente confunde maturidade com seriedade. Mas também confunde seriedade com sisudez, que pode ser definido como Mal-humorado; indivíduo que está sempre de mau humor.
E o que vem a ser maturidade? Buscando alguns significados sobre isso encontrei em http://michaelis.uol.com.br/ as seguintes expressões interessantes:
“Qualidade daquele que, por ter atingido a idade madura, age com reflexão, com bom senso e prudência.”
“Desenvolvimento pleno da inteligência e dos processos emocionais; estado em que um indivíduo goza de plena e estável diferenciação e integração somática, psíquica e mental.”
“Grau em que as atitudes, a socialização e a estabilidade afetiva de um indivíduo refletem, como característica normal do homem adulto, um estado de adaptação ou ajustamento ao seu próprio meio.”
Porque será que ao longo da vida, vamos mascarando aquilo que somos, no intuito de camuflar algumas características para representar outras? Olha o quanto de trabalho que isso dá! O desgaste que causa! Para lá na frente, olhar para trás e perceber muitas vezes, que as coisas teriam sido tão mais fáceis se tivéssemos agido como somos realmente. É tanto trabalho desnecessário que nos impomos não é? Vejo isso na minha vida, olhando muitas coisas lá de trás percebo o quanto me sufoquei em detrimento de outras coisas e/ou pessoas. E pagamos um preço muito caro por isso sempre. Era o que podia fazer naquele momento? Era! Não há condenação, mas constatação. E isso serve de impulso para não voltar a repetir tal comportamento nocivo novamente e se permitir ser, o que é, em essência.
Óbvio que é errando que se aprende e acho que não tem outra forma de aprender se não for assim. Se não percebemos que algo está errado ou então, que não cabe mais aquela postura na nossa vida, não haverá mudança nenhuma. A mudança parte de um percepção de que algo está em desalinho. Rubem Alves tem um livro com título muito sugestivo que chama “Ostra feliz não faz pérola”, e dentro ele relata que ostra que não tem o grão de areia em seu interior causando dor, não produz a substância lisa, brilhante e redonda ao redor do grão de areia que lhe arranha o corpo, que dará origem a pérola. Se não houver essa percepção, não há o que cause desconforto, portanto, não há o que precise ser mudado. Está tudo como deve ser, perfeito.
Porém, por outro lado, atingir a maturidade traz um ensinamento muito interessante. E aqui deixo uma outra expressão de maturidade encontrada no mesmo site.
“Estado de um fruto que alcançou seu desenvolvimento completo.”
“Fase de maior importância ou qualidade; qualidade do que é pleno; excelência, perfeição, plenitude”
Essa concepção de que maturidade, é algo que se findou é bem complicada, pra não dizer um precipício. Quem está completo, acabado não tem o que melhorar, não tem do que ser acrescentado, não tem o que agregar. E me parece contraditório dizer que maturidade é algo findo, justamente porque tenho a impressão de que atinge a maturidade, aquele que percebe que há a necessidade de constante aprimoramento.
Se analisarmos, tanto na fase pré amadurecimento, como na fase em que se considera maturidade como algo findo, pleno, completo, o indivíduo não percebe que há a necessidade de aprimoramento. Mesmo que internamente ele tenha a sensação de estar pronto e perfeito.
Estamos em constante transformação, e por isso considero que sempre temos o que aprender.. O professor Mário Sérgio Cortella num livro chamado “Não estamos prontos” diz:
“Nascer sabendo é uma limitação porque obriga a apenas repetir e, nunca, a criar, inovar, refazer, modificar. Quanto mais se nasce pronto, mais se é refém do que já se sabe e, portanto, do passado; aprender sempre é o que mais impede que nos tornemos prisioneiros de situações que, por serem inéditas, não saberíamos enfrentar.
Diante dessa realidade, é absurdo acreditar na idéia de que uma pessoa, quanto mais vive, mais velha fica; para que alguém quanto mais vivesse, mais velho ficasse, teria de ter nascido pronto e ir se gastando…
Isso não ocorre com gente, mas com fogão, sapato, geladeira. Gente não nasce pronta e vai se gastando; gente nasce não-pronta e vai se fazendo. Eu, no ano 2000, sou a minha mais nova edição (revista e, às vezes, um pouco ampliada); o mais velho de mim (se é o tempo a medida) está no meu passado, não no presente.”
Que a gente possa constantemente se observar, e ter a certeza de que podemos ser melhores a cada dia, transmitindo às outras pessoas a nossa edição mais recente, com cheirinho de livro novo…sempre!
Por Carlise Lima
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