É necessário estar preenchido em seu próprio ser para poder se compartilhar.
Muitas pessoas esperam do outro a perfeição suprema, quando nós mesmos não somos perfeitos.
Não devemos esperar nada dos outros e, sim, muito de nós mesmos.
Pois a vida é uma questão de dar, não de receber.
Homem e mulher se ajudam a desenvolver as qualidades divinas.
O ideal da união espiritual entre ambos é que o homem faça aflorar a razão escondida na mulher e que a mulher auxilie o homem a descobrir a sensibilidade nele oculta.
Através do íntimo relacionamento conjugal, ambos ajudam-se mutuamente a desenvolver tanto a razão perfeita, ou sabedoria, quanto o sentimento perfeito, ou o amor.
O casamento precisa ter como premissa básica a sintonia espiritual e a amizade incondicional.
Pois através desse respeito divino, um se aperfeiçoa e se unifica com sua própria essência.
Invés de esperar que o outro adivinhe seus desejos experimente se comunicar claramente. As chances de se obter o que deseja certamente aumentarão.
Expresse o seu sentimento hoje, o amor precisa ser constantemente renovado e a conquista nunca deve ser tomada como garantida.
Tratar a pessoa como se ela sempre fosse estar ali pode ser o princípio do fim do relacionamento.
Também é importante equilibrar a solitude, que é estar bem, inteiro consigo mesmo, e o estar junto. Todos precisam de momentos de solitude para fazer uma autoavaliação.
Algo imprescindível também é o cultivo diário do silêncio. Nem que seja por pouco tempo, 1 minuto, 5 minutos…
Pois o encontro dos silêncios é bem mais profundo que o das palavras.
Marido e mulher devem se ajudar a desenvolver as qualidades verdadeiramente espirituais.
Esse é real valor do casamento, da união entre duas almas.
É uma ferramenta incrível para o autoconhecimento. Mas é preciso cada um ter sua própria fonte de preenchimento para poder ter o que compartilhar.
E o preenchimento é sempre interno.
Kashi Dhyani
Chef do Restaurante da Kashi (Maringá / Visconde de Mauá – RJ)
Escritora do livro: Delícias da Kashi