Por Carlise Lima
Nos momentos de quietude, através daquela janela observávamos o céu… e nas noites enluaradas tínhamos sempre um encontro com uma estrela que nos fazia companhia nos momentos de grande silêncio interior.
Ela ouvia pacientemente cada diálogo, principalmente os que não exigiam palavras, sorrindo de volta a cada momento de alegria e participando de cada um deles com entusiasmo.
Brilhava intensamente fazendo sobrepor sua luz diante de toda escuridão, mostrando por analogia, que apesar das adversidades, era possível encontrar forças dentro de cada um de nós para enfrentar o que precisava ser enfrentado e ainda assim, brilhar cheia de vida.
Na maioria das vezes o adversário aparenta ser gigantesco diante de nossa pequenez, mas na verdade, ele possui a força e proporção que NÓS lhe empregamos.
Nossa estrela nos fazia refletir, sobre a simplicidade com que é possível viver e a leveza inerente a esses grandes momentos. Porém, deixava evidente que isso é decorrente de uma escolha referente ao estilo de vida que queremos levar.
Mas não eram somente momentos de reflexão profundos que ela nos proporcionava. Muito nos fazia sorrir diante da dança que realizava no céu, como uma doce bailarina num palco gigantesco que lhe oferecia uma liberdade sem fim, encantando nossos olhos através de seus movimentos delicados, imperceptíveis a olhos brutos e corações petrificados.
Noutros momentos, de forma muito travessa, a mesma bailarina “sapécula”, nos roubava gargalhadas com seus movimentos pitorescos, chamando atenção pela capacidade de nos divertir repetitivas vezes por conta da dúvida que nos impunha sobre a realização de cambalhotas no céu.
Sim… Bonito assim…
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