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Como acabar com o vácuo em provas longas? | Renovatio Brasil
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15 de agosto de 2018 Creartcode

Como acabar com o vácuo em provas longas?

Se há um assunto que não para de pipocar nas redes sociais, é o problema do vácuo no Ironman 70.3 Brasil, realizado no último sábado, 27 de agosto de 2011. Muitos, mas muitos atletas, tanto amadores como profissionais, pedalaram praticamente 90km sem a cara no vento.

Vácuo é um assunto engraçado. Pergunte aos atletas que estavam em Penha, e a maioria responderá que não pegou. Veja as fotos e a conclusão será que a maioria pegou. Mas, o que leva a tantos problemas em uma única prova?

Tanto o regulamento da prova, quanto as regras da ITU (International Triathlon Union) dizem em letras garrafais que os atletas são os responsáveis por seus atos. Sendo assim, os culpados, a princípio, são os próprios atletas que tem a intenção de se beneficiar do vácuo proibido. Conversando com alguns deles após a prova, o discurso foi o mesmo: “Eu tentei sair do pelotão, mas o percurso era muito estreito e o pelotão andava muito forte, assim eles me pagavam novamente.”

Certa vez, em uma entrevista com um grande organizador de provas aqui no Brasil, ele disse: “a grande questão é tornar os procedimentos melhores possíveis, assim, caberá única e exclusivamente às pessoas manterem a conduta adequada, pois, quando os procedimentos são falhos, não há santo que resista.”

Os atletas são movidos por incentivos positivos e negativos para manter uma certa conduta. No caso de Penha, não há incentivos suficientes para que o atleta fique no vácuo.

 

Um atleta, que pedalaria sozinho a 36km/h, consegue, facilmente, andar em um pelotão a 39km/h. Nos 90km do Ironman 70.3, esses 3km/h a mais significam 11min33seg a menos no tempo no seu tempo final da bike. Considerando apenas o aspecto matemático, mesmo que o atleta seja penalizado com 5 minutos, muitos entendem que vale a pena permanecer no vácuo. Isso fica ainda mais complicado se um atleta está brigando pelo pódio ou uma vaga no Mundial e vê seus principais concorrentes passando em um pelotão.

 

Assim, nossa primeira sugestão é aumentar a penalização para, no mínimo, 8 minutos, devendo o atleta parar no percurso para ter o número marcado e depois cumprir a punição na segunda transição.

 

No que se refere ao percurso, é necessário fazer alguns ajustes. A volta em Penha tem em torno de 27km na TransBeto, rodovia onde acontecem as três voltas que realmente interessam. Entre o primeiro atleta que sai da água e o último, há uma diferença de, aproximadamente, 40 minutos. Se dividirmos os 40 minutos pelos 800 atletas da prova, teremos 3 segundos entre cada atleta, isso se todos saíssem enfileirados. Na verdade, a maioria dos atletas (80%) está concentrada em um intervalo de 20 minutos desde a saída do primeiro atleta, o que dá um intervalo de apenas 1,5 segundos. A uma velocidade de 36km/h, esse intervalo dá algo em torno de 7 metros, que é o limite da distância considerada vácuo. Na vida real, no entanto, os triatletas não andam enfileirados e não saem em fila indiana da água, mas em blocos aleatórios.

 

Isso é agravado pelo fato de cada volta de 27km ter 4 retornos. Com a queda brusca de velocidade, a tendência é que os atletas se acumulem nesses retornos, criando mais pelotões. Somados ao fato da pista ser muito estreita, esses fatores criam condições “ideais” para os pelotões.

 

O cenário ideal seria ter uma única volta, com 45km ida e volta. Além disso, seria muito, mas muito interessante acrescentar subidas no percurso, pois elas eliminam boa parte dos problemas de vácuo. Para quem teve o prazer de disputar o Triathlon Long Distance Ubatuba ou o GP Extreme este ano, sabe que as subidas quebram completamente o ritmo dos grandes grupos. Aliás, foi por esse motivo que o Mundial de Ironman 70.3 saiu da cidade de Clearwater, na Flórida, para o desafiador percurso em Las Vegas. Claro que é necessário estudar com calma as alternativas das rodovias, especialmente da BR 101, mas é fundamental alterar o percurso da prova.

 

Uma solução adicional seria a largada por ondas de 300-400 atletas, o que permite ter um percurso menor e com menos pelotões. No mínimo, é necessário adiantar a largada da elite em, pelo menos, 15 minutos antes dos amadores. Uma das polêmicas tanto no Ironman Brasil quanto no ironman 70.3 Brasil foi o vácuo das atletas da elite com os amadores de alto desempenho. Basta os profissionais largarem antes para resolver esse problema

 

A fiscalização deve ser de tolerância zero na elite e atuar de forma diferente nos amadores. Observamos vários atletas sendo parados no meio do pelotão, enquanto este seguia a todo vapor. Não se pode dar moleza, é necessário parar o pelotão inteiro e riscar o número de todos, caso contrário, continuaremos assistindo o que vimos este ano: uma questão de sorte ser penalizado no pelotão.

 

A maioria das sugestões aqui é simples, mas com grande potencial de melhoria para a competição. A ideia é criar condições para que o vácuo seja um problema exclusivamente pessoal, uma decisão de cada um, que deve arcar com duras consequências caso opte por burlar as regras. Sem desculpas para culpar a organização, aí sim poderemos apontar quem joga limpo e quem joga sujo. Ou mudamos nossa atitude ou em breve o vácuo será liberado também nas provas longas, o que vai criar um novo esporte.

 

Fonte: Mundo tri


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