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A ausência do tempo | Renovatio Brasil
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27 de abril de 2018 Creartcode

A ausência do tempo

Tenho pensado sobre como lidamos com o “tempo” e atividades.

Tempo… Ah…muitas vezes na vida nos inserimos num regime muito rigoroso por opção e em tudo… em horários, em ordem, manutenção do lar, compromissos pessoais, profissionais e até espirituais…

Digo por opção, pois para tudo na vida há limite, e não podemos ser reféns dessa ausência, até nas nossas atitudes. Não é somente ao outro e às coisas ruins que devemos impor limites, mas principalmente a nós mesmos e também diante das coisas que nos são prazerosas, pois tudo em excesso é danoso. Correr sem respeitar nosso corpo é prejudicial, estou vivendo esse desagradável momento, onde uma lesão hoje me impede de fazer o que amo. Foi a ausência de limite voluntária, que hoje forçosamente me impõe o limite que eu deveria ter tido outrora.

Nos colocamos em uma agenda de horários tão exigente, onde o que sair fora do “programado” pode comprometer todo cronograma preestabelecido. O pior, é que muitas vezes nos vangloriamos de ser uma pessoa com esse número gigantesco de atividades. Nos sentimos “valentes”, “importantes”. Esse rigor se estende às relações pessoais, inclusive nos impossibilitando de fazer algo inesperado dada a desestruturação daquele calendário preexistente, ganha-se muitas vezes dinheiro mas perde-se vida.

Surpresas ou imprevistos são algo extremamente desagradáveis quando se tem pouco tempo, nos comportamos como verdadeiros soldadinhos de chumbo que só sabem marchar e bater continência. Detalhe…gastamos muitas vezes tempo e rigor absolutamente para nada, vivendo numa bola de fogo que não trará nada em essência, que fique de verdade no coração e vida da gente. Para quê acumular tanta coisa se desta vida nada levaremos a não ser aquilo que temos dentro do coração? Uma coisa é ir em busca do viver bem, outra bem diferente é acumulação.

Não temos tempo para um amigo, virou moda a expressão “estou na correria”, “ vida louca”, e como se isso fosse algo positivo. Me espanto quando num pequeno diálogo com algumas pessoas, mesmo através de uma rede social, e ao questionar a ausência repentina, a resposta que recebo geralmente é… “Estou numa correria…trabalho, mas está tudo bem.” Gente… como assim está tudo bem?!? Está tudo errado!!! Quanto mais vamos andar em direção a esse abismo, e começar a despertar e ver que não é esse o caminho? Quando vamos viver de verdade?!? Como gente de verdade?!? Onde nos perdemos?

Eu não estou querendo defender bandeira aqui de que devemos parar de trabalhar, não! Mas quando vamos nos dar conta de forma real, que estamos deixando de lado pessoas que nos querem bem, para viver com máquinas e feito máquinas? Não somos feitos de fios nem de engrenagens! E é justamente isso que estamos acumulando em detrimento das relações de afeto.

Não temos tempo para visitar alguém que está doente, aliás não nos preocupamos em acompanhar o processo de recuperação dessa pessoa. Apenas desejamos “Melhoras!” O “Melhoras!” é uma forma de aliviar a nossa consciência para o desinteresse pelo que o outro vai passar ou está passando. E tristemente nos acostumamos com isso.

A pergunta “Como você está?” por exemplo, virou mero protocolo. Se você prestar atenção… quando passamos por alguém, e me incluo nisso, e a pessoa nos diz… Oi tudo bem? Imediatamente respondemos… Tudo e você? É automático. Mas raramente paramos para ouvir a resposta daquilo que perguntamos… e continuamos simplesmente caminhando em sentido contrário ao outro, até nos cruzarmos e seguirmos cada um o seu caminho como antes… É impressionante como estamos perdendo a sensibilidade…

É óbvio que isso não é um comportamento generalizado, existe muita gente desperta no mundo, mas observo muito isso prestando atenção ao comportamento das pessoas. Para aprender a observar é necessário também observar-se. Não identificamos aquilo que não conhecemos, então, as grandes mudanças primeiro tem que acontecer dentro de nós, senão acharemos tudo normal da mesma forma como muitos acham. Espantar-se com o corriqueiro, só acontece se você não segue o fluxo, do contrário não haverá nada que cause perplexidade.

Pseudo fortes defendem que ser sensível se tornou sinônimo de fraco num mundo duro, frio e calculista. Porém, dou graças quando percebo que apesar de todas as circunstâncias da vida, ainda preservo isso em mim, e é justamente isso que me fortalece. A sensibilidade!

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Facebook Carlise Lima


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