Como acabar com o vácuo em provas longas?

Se há um assunto que não para de pipocar nas redes sociais, é o problema do vácuo no Ironman 70.3 Brasil, realizado no último sábado, 27 de agosto de 2011. Muitos, mas muitos atletas, tanto amadores como profissionais, pedalaram praticamente 90km sem a cara no vento.

Vácuo é um assunto engraçado. Pergunte aos atletas que estavam em Penha, e a maioria responderá que não pegou. Veja as fotos e a conclusão será que a maioria pegou. Mas, o que leva a tantos problemas em uma única prova?

Tanto o regulamento da prova, quanto as regras da ITU (International Triathlon Union) dizem em letras garrafais que os atletas são os responsáveis por seus atos. Sendo assim, os culpados, a princípio, são os próprios atletas que tem a intenção de se beneficiar do vácuo proibido. Conversando com alguns deles após a prova, o discurso foi o mesmo: “Eu tentei sair do pelotão, mas o percurso era muito estreito e o pelotão andava muito forte, assim eles me pagavam novamente.”

Certa vez, em uma entrevista com um grande organizador de provas aqui no Brasil, ele disse: “a grande questão é tornar os procedimentos melhores possíveis, assim, caberá única e exclusivamente às pessoas manterem a conduta adequada, pois, quando os procedimentos são falhos, não há santo que resista.”

Os atletas são movidos por incentivos positivos e negativos para manter uma certa conduta. No caso de Penha, não há incentivos suficientes para que o atleta fique no vácuo.

 

Um atleta, que pedalaria sozinho a 36km/h, consegue, facilmente, andar em um pelotão a 39km/h. Nos 90km do Ironman 70.3, esses 3km/h a mais significam 11min33seg a menos no tempo no seu tempo final da bike. Considerando apenas o aspecto matemático, mesmo que o atleta seja penalizado com 5 minutos, muitos entendem que vale a pena permanecer no vácuo. Isso fica ainda mais complicado se um atleta está brigando pelo pódio ou uma vaga no Mundial e vê seus principais concorrentes passando em um pelotão.

 

Assim, nossa primeira sugestão é aumentar a penalização para, no mínimo, 8 minutos, devendo o atleta parar no percurso para ter o número marcado e depois cumprir a punição na segunda transição.

 

No que se refere ao percurso, é necessário fazer alguns ajustes. A volta em Penha tem em torno de 27km na TransBeto, rodovia onde acontecem as três voltas que realmente interessam. Entre o primeiro atleta que sai da água e o último, há uma diferença de, aproximadamente, 40 minutos. Se dividirmos os 40 minutos pelos 800 atletas da prova, teremos 3 segundos entre cada atleta, isso se todos saíssem enfileirados. Na verdade, a maioria dos atletas (80%) está concentrada em um intervalo de 20 minutos desde a saída do primeiro atleta, o que dá um intervalo de apenas 1,5 segundos. A uma velocidade de 36km/h, esse intervalo dá algo em torno de 7 metros, que é o limite da distância considerada vácuo. Na vida real, no entanto, os triatletas não andam enfileirados e não saem em fila indiana da água, mas em blocos aleatórios.

 

Isso é agravado pelo fato de cada volta de 27km ter 4 retornos. Com a queda brusca de velocidade, a tendência é que os atletas se acumulem nesses retornos, criando mais pelotões. Somados ao fato da pista ser muito estreita, esses fatores criam condições “ideais” para os pelotões.

 

O cenário ideal seria ter uma única volta, com 45km ida e volta. Além disso, seria muito, mas muito interessante acrescentar subidas no percurso, pois elas eliminam boa parte dos problemas de vácuo. Para quem teve o prazer de disputar o Triathlon Long Distance Ubatuba ou o GP Extreme este ano, sabe que as subidas quebram completamente o ritmo dos grandes grupos. Aliás, foi por esse motivo que o Mundial de Ironman 70.3 saiu da cidade de Clearwater, na Flórida, para o desafiador percurso em Las Vegas. Claro que é necessário estudar com calma as alternativas das rodovias, especialmente da BR 101, mas é fundamental alterar o percurso da prova.

 

Uma solução adicional seria a largada por ondas de 300-400 atletas, o que permite ter um percurso menor e com menos pelotões. No mínimo, é necessário adiantar a largada da elite em, pelo menos, 15 minutos antes dos amadores. Uma das polêmicas tanto no Ironman Brasil quanto no ironman 70.3 Brasil foi o vácuo das atletas da elite com os amadores de alto desempenho. Basta os profissionais largarem antes para resolver esse problema

 

A fiscalização deve ser de tolerância zero na elite e atuar de forma diferente nos amadores. Observamos vários atletas sendo parados no meio do pelotão, enquanto este seguia a todo vapor. Não se pode dar moleza, é necessário parar o pelotão inteiro e riscar o número de todos, caso contrário, continuaremos assistindo o que vimos este ano: uma questão de sorte ser penalizado no pelotão.

 

A maioria das sugestões aqui é simples, mas com grande potencial de melhoria para a competição. A ideia é criar condições para que o vácuo seja um problema exclusivamente pessoal, uma decisão de cada um, que deve arcar com duras consequências caso opte por burlar as regras. Sem desculpas para culpar a organização, aí sim poderemos apontar quem joga limpo e quem joga sujo. Ou mudamos nossa atitude ou em breve o vácuo será liberado também nas provas longas, o que vai criar um novo esporte.

 

Fonte: Mundo tri

Gosto de gente

Gosto de gente que gosta de gente… Que demonstra o que sente. Que faz a gente se sentir gente… Que não tem medo de parecer quadrado… Que valoriza as relações que conquista e que apesar das pedras da vida, não desiste de acreditar no outro… e nem em si mesmo.

Gosto de gente que tem sentimentos recíprocos… Que sonha! E que apesar das frustrações, acredita que pode ser feliz! Gente simples, que valoriza as coisas simples, que olha no olho.. que tem palavra… que assume compromissos e que abraça com braços… e palavras. Gente que prioriza relações sem aspereza, que evita coisas desagradáveis ou desprovidas de leveza…que não tiraniza. Que entende que por maior que sejam as dificuldades, dinheiro nenhum deve ser colocado acima de nenhuma amizade. Gente que não impõe, mas sim, que propõe! E dialoga com educação e cordialidade. Não levamos nada desta vida a não ser aquilo que regamos no nosso coração. Bens materiais não vão além do caixão!

Alexandre, o Grande fez três pedidos aos seus ministros antes de morrer:
“1) Eu quero que os melhores médicos carreguem meu caixão, para mostrar que eles não têm poder nenhum sobre a morte.
2) Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros, para que todos possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui ficam.
3) Eu quero que minhas mãos fiquem para fora do caixão, de modo que as pessoas possam ver que viemos com as mãos vazias, e de mãos vazias voltamos.”(Aleteia)

Gosto de gente que acredita no amor, que é segura daquilo que sente, mas que se permite inovar, que não ilude, que respeita, que não mede esforços para ser feliz, e que busca fazer os outros felizes também. Gente que ri, e que também não tem vergonha de chorar.

Gente que não tem medo se relacionar, que abre mão de tecnologias para se fazer presente, que não tem medo de abrir mão de algumas coisas para viver em harmonia sempre. Que demonstra coragem, porque conviver não é um ato simples e há de se ter coragem para ceder espaço para alguém na própria vida. Conviver implica cessão.

Tem um trecho de um vídeo do Mário Sérgio Cortella no documentário “Eu Maior” onde ele diz:

“Você e eu sabemos que vamos morrer um dia. Desse ponto de vista, não é a morte que me importa, porque ela é um fato. O que me importa é o que eu faço da minha vida enquanto a minha morte não acontece para que essa vida não seja banal, superficial, fútil, pequena…A esta hora preciso ser capaz de fazer falta. No dia que eu me for eu quero fazer falta. Fazer falta não significa ser famoso, significa ser importante. Há uma diferença entre ser famoso e ser importante. Muita gente não é famosa e é absolutamente importante. Importar significa levar para dentro. Alguém me importa para dentro, me carrega. Eu quero ser importante. Por isso, para ser importante eu preciso não ter uma vida que seja pequena. E uma vida se torna pequena quando ela é uma vida que só se apoia e si mesmo, fechada em si. Eu preciso transbordar. Eu preciso me comunicar. Eu preciso me juntar. Eu preciso me repartir nessa hora… Minha vida, que, sem dúvida ela é curta, eu desejo que ela não seja pequena…”

Gosto de gente que vive! Que importa e se permite ser importado. Que não deixa que a vida passe em branco, que escreve sua história de forma real, e não apenas virtual.

Enfim, gosto de gente decide e se permite viver de verdade!

Por Carlise Lima
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Nutrição esportiva: Veja opções de alimentos para cada tipo de atividade física

Para uma atividade física surtir efeito é preciso ir além dos treinos. A alimentação é fator fundamental para o bom desempenho esportivo.

Se você acha que um corpo de um atleta é saudável, sarado e esbelto, só por causa dos exercícios físicos de altas intensidades, está muito enganado. Além das atividades regulares, a qualidade da alimentação dos esportistas é parte fundamental para manter o organismo forte diante as sobrecargas dos treinamentos. Por isso, a nutrição esportiva evolui todos os dias para preparar dietas e cardápios adequados para cada tipo de modalidade.

Sim, assim como nós, “seres normais”, os “super atletas” também precisam de uma alimentação funcional direcionada às suas necessidades. Um corredor, por exemplo, precisa de determinados nutrientes que potencializem a sua velocidade, enquanto, um lutador de boxe carece de substância que aumentem sua força física.

O importante, segundo a nutricionista Thais Leopoldo, é identificar essas prioridades de acordo com a intensidade das atividades, para que o desempenho seja melhor, principalmente com mais ânimo, disposição e energia: “Os benefícios de uma alimentação correta para a prática de exercícios físicos são a melhoria de rendimento, bem-estar e qualidade de vida”, explica a profissional que nos deu alguns exemplos de esportes que necessitam de determinada alimentação. Confira!

Malhar, nadar, correr, lutar… Qual é a dieta alimentar indicada para cada esporte?

1 – Crossfit: Por ser uma atividade de alto impacto, o crossfit precisa de alimentos que garantam energia, mas que não sobrecarregue o organismo. Por isso, Thais Leopoldo indica: “Para os praticantes de crossfit os alimentos indispensáveis são o carboidrato e proteína. Por ter muitos movimentos de explosão (levantamento de muito peso em curto tempo)”, explica.

– Alimentos indicados: Carboidratos como: aipim e a batata doce; frutas e proteínas como: ovos; peixes e frango.

2 – Natação: Por estarmos submersos, na maioria das vezes, o ideal é optar por comidas leves, mas que mantenham o corpo ativo, sem demandar muitas funções para o organismo. “A energia durante a natação sempre precisa ser constante, por isso, as melhores fontes alimentares são os carboidratos”, indica a nutricionista.

– Alimentos indicados: Essas substâncias são encontradas em alimentos como o aipim, pão integral, batata doce, frutas. Além das gorduras boas como abacate, óleo de coco e azeite.

3 – Lutas: Jiu Jitsu, boxe ou karatê, seja qual for o esporte, para Thais Leopoldo, por ser um exercício de explosão e concentração, o praticante também precisa de uma alimentação mais equilibrada: “Sempre utilizar um carboidrato de baixo Índice Glicêmico (que libera açúcar os poucos na corrente sanguínea) para sua energia ser sempre constante durante a luta”, destaca.

– Alimentos indicados: Esses carboidratos estão presentes na batata doce e aipim. As proteínas também são importantes desse plano alimentar, para servir de segunda fonte de energia, além de estimular a massa magra. Podemos encontrá-la em ovos, peixes e frango.

4 – Corrida: Embora nessa atividade valha levar em consideração o tempo, a velocidade e a distância percorrida, os alimentos que dão mais disposição devem sempre estar presente, pois garante a melhor reação metabólica, o gasto de energia e a força muscular para arrancadas e explosões dos músculos das pernas.

– Alimentos indicados: Sempre priorize o carboidrato e a gordura como fonte de energia, tais como: frutas como banana, pão integral, aipim, inhame e as gorduras boas como óleo de coco, azeite e abacate.

Esporte e hidratação: beber muita água é fundamental para o melhor desempenho físico

De alto ou baixo impacto, com ou sem explosão, o corpo deve sempre estar hidratado. Afinal, nosso corpo é composto por cerca de 60% de água e é ela a responsável por ajudar na eliminação das toxinas do organismo. Por isso, carregue sempre consigo uma garrafinha de água ou isotônicos naturais que ajudem a repor os sais minerais perdidos durante a prática das atividades.

*Thaís Leopoldo (CRN 15100208) é nutricionista esportiva funcional e disponibiliza a sua rede social para outras informações: Facebook

Fonte: Conquiste sua vida

Colocação

Quando você participa de uma corrida inscrita formalmente, você tem direito a receber uma medalha ao final da prova e tem o desempenho registrado através de um chip que é fixado no seu tênis que controla o tempo e velocidade média durante o percurso, com isso pode verificar a sua colocação no geral e por categorias, e se for o caso saber se conquistou algum troféu no pódio também.
Obviamente que o desejo de todo atleta é superar seu tempo a cada prova, a medida que o tempo vai passando, encaramos provas mais longas, ou aumentamos a velocidade, afinal de contas é para isso que treinamos.
Ficamos todos naquela euforia, ao ultrapassar a linha de chegada, recebendo nossas medalhas, e indo em direção aos locais para hidratação, aguardando os amigos concluírem seus trajetos e logo após verificar no site que faz a computação dos dados e ver como foi nosso desempenho no evento, através da nossa colocação.
Desde que iniciei as corridas, por conta dos treinamentos e fortalecimento obviamente, o meu resultado vem melhorando gradativamente. Não sou uma atleta profissional, corro por paixão a esse esporte apenas.
Lembro que antes da lesão, minha melhor colocação foi o 5º lugar na minha categoria por idade, e depois da lesão graças aos exercícios de fortalecimento eu consegui conquistar o 3º lugar na mesma categoria, e recentemente 2º.
Uma coisa que me chamou a atenção na penúltima corrida foi o fato de me dar conta que quando conversava com diversas pessoas e cada um descrevendo o resultado me surpreendi com a frequente pergunta:
“Qual foi a sua colocação:
De quantos?”
Ora, que importa quantos corredores tinha na categoria, de forma que isso seja relevante para definir o pódio? Os vencedores não são avaliados de trás para frente, mas sim no sentido contrário, são definidos pelo tempo mínimo que executam o percurso, em ordem crescente, e numa tabela aparecem os que fazem em menor tempo para na sequência aparecer os que vão fazendo em tempo maior.
A pergunta que eu nunca ouvi me fazerem foi, justamente o que me levou a verificar um dado que sim fazia toda diferença. Me questionei qual foi a diferença que eu tive por deixar de ser a primeira na minha categoria? Que importa se foram 5 ou 5.000 deixados para trás? Isso não mudaria minha colocação, o que importava era que para eu ter sido a primeira colocada eu tinha que ter feito a prova com apenas um minuto a menos não a mais. Tinha que olhar para frente e não para trás.
Estamos vendo as colocações, o mundo, as relações de forma invertida, e o pior, estamos nos acostumando com isso e achando normal esse ponto de vista das situações. A cada coisa em declínio, que passamos a achar natural, virá na sequência uma mais grave ainda, que também vamos nos acostumar e achar normal, até vir outra mais grave, e outra, e mais outra. Dirigindo todos nós, moralmente, em direção a um poço que muito provavelmente não tenha fundo algum.
Por Carlise Lima
Instagram @limacarlise
Facebook Carlise Lima

Corridas de rua: um ponto de contato que vem ajudando as marcas

Esporte ganha cada vez mais adeptos de diferentes faixas etárias e perfis de compra, o que faz dos eventos um local ideal para apresentar lançamentos e buscar oportunidades.

O hábito de dar uma corridinha pela manhã ou no final do dia não vem fazendo bem apenas aos praticantes, mas também às empresas que estão de olho nesse público. O comportamento de cada um dos consumidores nos eventos ou treinos vem sendo observado a fim de entenderem quem são e o que querem. Além disso, por ser um esporte democrático, – alcança de crianças a idosos – permite que diferentes marcas atinjam seu target.

Essa proximidade com as pessoas cria uma série de oportunidades para as companhias que atuam direta ou indiretamente com o segmento running: de organizadoras a patrocinadoras, passando pelas apoiadoras que oferecem samplings. Cada uma delas consegue criar ações de relacionamento que podem servir para melhorar a imagem da marca no mercado ou até mesmo lançar um novo produto e observar a adesão dele.

Há seis anos como patrocinador oficial da Maratona do Rio de Janeiro, a Olympikus vem apostando no segmento. “Quando começamos fizemos ações promocionais, mas mais do que isso fizemos uma análise desses competidores. Isso nos deu conhecimento para oferecer um tênis de alto rendimento e qualidade especialmente para a Maratona. O Rio4, por exemplo, é a quarta geração de modelos feitos para corredores do asfalto e dentro do padrão de preços que buscam”, conta Pedro Bartelle, Diretor de Marketing da Olympikus, em entrevista ao Mundo do Marketing.

 

Eduardo Rodrigues, Gerente de Marketing da AsicsTodos os públicos
Para promover os lançamentos para a Maratona do Rio, a empresa montou uma pop up store no stand de retirada dos kits de corrida. Além de calçados, as roupas e acessórios da marca ganharam visibilidade. Nos três dias em que ficou aberta, a loja vendeu quase R$ 300 mil em artigos esportivos. A intenção com o ponto de venda é fazer dos itens um souvenir – como uma lembrança pela participação na maior corrida de rua do Brasil.

Além de colaborar para a criação de um produto, as corridas vêm dando à Olympikus a oportunidade de transitar em diferentes faixas etárias. “Além das provas de alta performance, também patrocinamos a Family Run, que reúne um grande público familiar, com crianças e idosos. Eles participam ativamente das ações antes e depois das provas e nos dão um novo olhar para aqueles que ainda estão começando”, conta Pedro.

Assim como a brasileira, a Asics também investe em corridas de longa distância e organiza suas próprias provas. Focada em circuitos de meia maratona, a companhia prepara para 2016 sua estreia no percurso de 42 quilômetros. “Após tanto tempo com 21km, verificamos que nosso público buscava distâncias mais longas e redefinimos nosso calendário para atende-los. Da mesma forma é a corrida W21K, que é feminina. Observamos que as mulheres estão buscando cada vez mais competições de performance e fizemos uma exclusiva para elas”, afirma Eduardo Rodrigues, Gerente de Marketing da Asics, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Investir no segmento feminino é algo que as empresas vêm buscando pelo potencial que tem. Segundo dados da Federação Paulista de Atletismo o número de concluintes em corridas de rua no Estado de São Paulo registrou aumento de 15,35% em 2014. Dos 653.140 corredores em provas de rua, 223.344 foram mulheres (34%). Enquanto o número de homens cresceu 13%, o número de mulheres aumentou 20%.

Ações antes e depois dos eventos
A empresa japonesa aproveitou o tempo que os participantes ficam nos locais de retirada de kit para criar uma exposição com palestras e marcas que auxiliam os corredores. Psicólogos e nutricionistas orientam o que comer e como se preparar para a prova e as lojas dão apoio para aqueles que ainda não tem óculos, monitores cardíacos, cintos ou mesmo suplementos alimentares.

Por ser uma multinacional, a Asics realiza corridas em diversos países, o que acaba chamando a atenção de estrangeiros para correr no Brasil e vice versa. “Ainda não fazemos ação direta com o público que não seja local, mas esse é um grupo que se comunica e busca novidades. Esse mercado dá margem para empresas de turismo e há algumas que até organizam essas excursões, mas ainda não temos a nossa”, conta Eduardo.

Uma das prioridades da marca é ser lembrada pela experiência proporcionada. Por isso a marca investe em artigos e kit de alta categoria para o preço cobrado na inscrição. “Hoje em dia as corridas mais simples já chegam ao preço de R$ 100,00 ou R$150,00. Com esse valor, aproximado, oferecemos uma prova de alto padrão, com qualidade Asics. É algo que oferece valor e que o atleta entende que pode fazer parte do nosso time. O que prova isso é a rapidez com que as inscrições são encerradas”, afirma o Gerente de Marketing.

David Grinberg, Diretor de Comunicação do McDonald´sAdesão popular
Já o McDonald´s utiliza do método de baixo custo na inscrição, sem perder na qualidade do evento. O foco da rede de restaurantes é apostar nas mulheres iniciantes na prática esportiva. “O preço acessível é justamente para que muitas venham a aderir à proposta”, conta David Grinberg, Diretor de Comunicação do McDonald´s, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Geralmente associado à alimentação de fast food e obesidade, a marca vem investindo em reforçar sua intenção de vida saudável. Em janeiro de 2015 a companhia lançou um cardápio de pratos leves e integrais. Já nas corridas, as ações de animação antes e depois das provas convidam as mulheres a mexer o corpo. O resultado vem agradando a empresa, que observa uma interação mais positiva e maior com a multinacional.

Além disso, a rede faz parcerias com lojas nas retiradas dos kits. Em 2015, concessionárias Nissan e redes de lojas Marisa receberam os participantes e puderam investir em vendas direcionadas a esse público. “Os pontos de contato das marcas vão muito além da corrida em si. Durante o evento queremos que elas se sintam bem e se divirtam, mas quando vão buscar suas camisas, por exemplo, elas podem comprar um top ou short. No término da edição queremos que elas se recordem de como foi bom e que continuem a prática. Muitas de nossas participantes recorrentes são aquelas que correram pela primeira vez no nosso evento”, afirma David, que também é praticante de corridas e leva para a vida profissional observações que tira das competições que participa mundo afora.

Apresentação de novos produtos
Mesmo as empresas que não organizam têm suas oportunidades de trabalhar suas marcas. É o caso da Minalba (ou Indaiá na região nordeste do Brasil), que fornece água para as principais corridas de rua do Brasil. “Durante a prova as pessoas já pensam onde será o posto de hidratação. É importante que as pessoas saibam que estão bebendo água de qualidade e eles entendem que o nosso produto está ali porque tem garantia. Aproveitamos a ocasião para apresentar outros itens de nossa linha, como sucos e energéticos”, conta Camila Coutinho, Gerente Nacional de Marketing da Minalba e Indaiá, em entrevista ao Mundo do Marketing.

A fabricante de bebidas ressalta a importância dos eventos para apresentação do portfólio. “Muitas pessoas não conhecem os demais produtos e nessas corridas eles passam não só a saber que são nossos, como experimentam. Montamos stands de degustação, além de incluir em kits. Para nós, estar presente nas corridas de rua é fundamental”,  conta Camila.

Samplings em kits é uma das estratégias que diferentes marcas vêm adotando para anunciar lançamentos ou artigos já existentes. Piraquê, Nivea, Gillette e L´Oréal são alguns nomes que fazem parcerias com algumas corridas de rua. Os produtos selecionados geralmente são associados ao estilo de vida dos atletas e vão de biscoitos integrais a protetores solares, sabonetes ou desodorantes.