Nem todos os campeões cruzam a linha de chegada!

Por Matilde Blum
 
O que define um campeão não é o pódio, não é a medalha, não são os brindes e holofotes na cerimônia de premiação.
 
Campeões não nascem campeões, eles se tornam através de suas atitudes, suas habilidades, sua forma de percepção de ver a vida e o próximo. De sua dedicação, esforço e humildade! Subir no pódio em uma cerimônia muitos sobem, pegam suasmedalhas e são eleitos pela classificação de tal esporte, tal titulo ou tal categoria. São honrados, pois dedicaram se aos seus treinos e na competição foram os melhores.
 
São muitos, que não cruzam à linha de chegada, mas dedicaram o seu melhor, enfrentaram as suas dificuldades, adversidades, esforços físico e psicológico são “obrigados” ou “convidados” a se retirar. Mas não tiram o seu mérito de campeão, não perdem o brilho para levantar a cabeça e orgulhosamente retornar para a próxima largada.
 
Existem aqueles campeões que fizeram uma historia além de subir ao pódio, levantar a taça e dar a entrevista de “melhor do dia”. Poderia listar aqui por horas, descrever o tal feito de herói que orgulhosamente nos encheram de emoção. Como não citar o grande Senna, Pelé, minha professora Márcia, meus país, minhas avós, uma vizinha de apelido de “Nina” emprestava folha de cheque para minha mãe fazer a compra do mês.
 
Como não listar o navegador/mergulhador Tailandês Saman Kunan que deu seu ultimo sopro de vida ao retornar de um ato tão “heróico” dar a vida para salvar vidas. O treinador que abdicou, em jejum para manter alimentos aos meninos!! Se faz da essência para a existência.
 
Como não listar a professora Heley, entre as chamas para salvar a vida de seus pequeninos, da Cidade de Janaúba. Dos Bombeiros que descem em plena chama para retirar a vida entregando a sua vida. Quantos jovens meninos vão para a guerra em nome da “Paz”.
 
Como não listar aqueles campeões que acordam todos os dias na maca de um hospital, ou seu leito de morte, pede a Deus por apenas mais um dia, mais uma noite, mais uma hora de alegria ao lado dos que tanto amam.
 
Nem todos os campeões cruzam a linha de chegada para retirar sua medalha, eles as carregam consigo durante todo o trajeto.
#campeoes
Matilde Blum

10 exercícios funcionais para melhorar o seu desempenho na corrida

A personal trainer Cau Saad montou um treino que pode ser feito em qualquer lugar e serve tanto para alunos iniciantes quanto para quem já está na fase avançada

Força, velocidade, equilíbrio, coordenação motora… Todos esses requisitos são fundamentais para evoluir na corrida. No entanto, para consegui-los, é primordial investir em uma rotina de treinamento adequada. Neste sentido, os exercícios funcionais podem promover grandes melhorias ao corredor.

“O treino deve ser composto por musculação, para ganho de força e prevenção de lesões como a canelite, e funcional, que promove melhorias no condicionamento cardiorrespiratório e otimiza a performance”, explica a personal trainer Cau Saad.

 

Cau acrescenta que é interessante incluir no treino atividades que exijam agilidade, tempo de reação, coordenação motora, resistência e equilíbrio. Com isso, há um aprimoramento no movimento do corredor e, consequentemente, um melhor desempenho na corrida.

A personal trainer selecionou uma dica de treino para ser aplicado em qualquer lugar, tanto para alunos iniciantes quanto para quem já está na fase avançada.

1°SET

-Prancha: 3 x 30″ – Com as pernas esticadas, coluna ereta e braços flexionados, mantenha-se nessa posição (prancha) por 30 segundos.

-Elevação Pélvica isométrica: 3 x 30″- Com parte das costas no chão e braços esticados, erga o quadril e mantenha a posição por 30 segundos.

-Mobilidade de tornozelo:3 x 10 – Coloque um joelho no chão, esticando a perna. Mantenha a outra flexionada e alterne os movimentos entre as pernas.

-Calcanhar no bumbum:3 x 30″ – Pule alternando as pernas até chegar na altura do bumbum.

2º SET

-Hiper extensão lombar 3×10 – Deitada de barriga para baixo, erga os dois braços e as duas pernas e depois leve-os ao chão novamente.

-Deslocamento lateral com mini band: 3 x 10Com o bumbum empinado, os joelhos flexionados e a coluna ereta, desloque uma perna com o mini band. Repita o mesmo com a outra perna.

-Agachamento livre: 3 x 10 -Com os joelhos flexionados e a coluna ereta, faça o agachamento.

3º SET

-Skipping 3 x 60″ – Com a coluna ereta, faça uma corrida elevando as pernas simultaneamente.

-Kick out ou soldadinho3 x 60″ – Corrida com joelhos estendidos à frente. Movimente também os braços.

-Hopserlauf -3 x 30″ – Realize saltos com elevação dos joelhos alternados e aterrissando com os dois pés no solo.


Fonte: Wrun

Amor de praia sobe a serra sim!

Acho que ninguém passa nessa vida, (ao menos não deveria passar), sem viver um grande amor. O meu aconteceu quando eu tinha 20 anos. Eu morava em São Paulo, ele em Ubatuba. Nos víamos todos os finais de semana e férias, de verão e inverno.
Foi numa dessas férias de julho, que passamos um mês numa praia deserta. Pegamos carona num barco de pesca e levamos barraca, pranchas de surf, comida… tudo que precisávamos para passar um mês longe da civilização, apenas eu, ele e nossos sonhos

Montamos a barraca. Na primeira noite quase fomos derrubados pela chuva. O Totonho (apelido do meu namorado), cortou vários bambus e fez uma tenda coberta por folhas de bananeira. Além de proteger a barraca, agora tínhamos uma área coberta de uns 12 metros quadrados e não precisávamos mais ficar dentro da barraca durante as chuvas. Eu tinha um homem de filmes ao meu lado! De manhã eu acordava e encontrava pronta uma deliciosa salada de frutas que ele fazia, com frutas que colhia ao amanhecer. Então nós surfávamos… nus! Porque podíamos, estávamos num mundo só nosso. O final do dia não era fácil, era a hora do banho de cachoeira. Era julho. Era gelado. Mas valia o esforço. Sob o luar, pegávamos tatuíra (uma espécie de tatuzinho do mar que servia de isca de pesca). Não precisávamos de mais nada.
Um dia apareceu na praia um grupo de meninos. Quando nos viram na barraca coberta pela tenda improvisada, um deles falou:
– Estamos na “Lagoa Azul”!
Brooke Shields, você pode ter estrelado “A Lagoa Azul”, mas eu a vivi! Sim, eu vivi um romance de cinema. Durante 3 anos eu amei muito e também fui amada demais.
O Totonho dizia que havia um costume em algum lugar do Japão que as pessoas transformavam em abajur a pele tatuada de uma pessoa que morria, e queria fazer isso com a tatuagem que tinha na costela. Ele morreu muito jovem. Não acredito que a tatuagem dele tenha virado abajur. Mas sei que morreu me amando e continua me iluminando.

Desse mundo não levamos nada, mas deixamos lembranças e histórias pra contar. Não importa os erros que você cometeu ontem, sempre é possível mudar tudo e marcar a vida das pessoas com histórias que vão fazer elas sorrirem ao se lembrar.

Obrigada Totonho, você sempre será uma maravilhosa lembrança!

 

 

Camila Caggiano
Autora do Blog Sob as Estrelas

Como a Nutrição Esportiva pode melhorar o desempenho do atleta?

Aprenda a identificar e corrigir erros na alimentação através dos benefícios da Nutrição Esportiva

Nutrição e Esporte são áreas que se complementam e é difícil pensar em um sem abordar o outro. Muitas vezes, uma alimentação equilibrada não é suficiente para deixar o indivíduo saudável sem um exercício físico adequado. E para um atleta, é de extrema importância priorizar uma alimentação que trará, além de rendimento, uma boa saúde.

Mesmo sabendo da importância de trabalhar os dois temas de forma conjunta, surgem as perguntas: Qual a melhor forma de abordar a alimentação no esporte? Como posso melhorar o desempenho esportivo do meu cliente através do acompanhamento nutricional?

A Nutrição hoje está  muito presente nas mídias e quase todo mundo acha que que domina os conteúdos da área, não é mesmo? Quem nunca trombou com aquele amigo ou amiga que deu uma dica da dieta “milagrosa” que viu em algum lugar? Além disso, por ser uma ciência ”nova”, muitas vezes nós profissionais nos deparamos com muitas mudanças de conceitos e temos que aprender a lidar com tal fato. Recebo diariamente no meu consultório pessoas com ideias já pré-formadas sobre o que é interessante ou não introduzir na alimentação.

O mercado relacionado ao esporte e atividade física está cada vez mais forte no Brasil e, antes mesmo de ajustes necessários à dieta, os indivíduos já estão fazendo uso de diversos suplementos alimentares. Na minha opinião, este é um dos maiores desafios do nutricionista hoje em relação ao auxilio à prática esportiva: fazer com que a pessoa entenda que, mais importante do que o uso de qualquer suplemento, é ajustar primeiramente a alimentação, pois é muito comum identificarmos algumas falhas na maneira como essa pessoa se alimenta.

Quais os principais erros alimentares cometidos no esporte?

Aprenda a identificar e corrigir erros na alimentação através dos benefícios da Nutrição Esportiva

Nutrição e Esporte são áreas que se complementam e é difícil pensar em um sem abordar o outro. Muitas vezes, uma alimentação equilibrada não é suficiente para deixar o indivíduo saudável sem um exercício físico adequado. E para um atleta, é de extrema importância priorizar uma alimentação que trará, além de rendimento, uma boa saúde.

Mesmo sabendo da importância de trabalhar os dois temas de forma conjunta, surgem as perguntas: Qual a melhor forma de abordar a alimentação no esporte? Como posso melhorar o desempenho esportivo do meu cliente através do acompanhamento nutricional?

A Nutrição hoje está  muito presente nas mídias e quase todo mundo acha que que domina os conteúdos da área, não é mesmo? Quem nunca trombou com aquele amigo ou amiga que deu uma dica da dieta “milagrosa” que viu em algum lugar? Além disso, por ser uma ciência ”nova”, muitas vezes nós profissionais nos deparamos com muitas mudanças de conceitos e temos que aprender a lidar com tal fato. Recebo diariamente no meu consultório pessoas com ideias já pré-formadas sobre o que é interessante ou não introduzir na alimentação.

O mercado relacionado ao esporte e atividade física está cada vez mais forte no Brasil e, antes mesmo de ajustes necessários à dieta, os indivíduos já estão fazendo uso de diversos suplementos alimentares. Na minha opinião, este é um dos maiores desafios do nutricionista hoje em relação ao auxilio à prática esportiva: fazer com que a pessoa entenda que, mais importante do que o uso de qualquer suplemento, é ajustar primeiramente a alimentação, pois é muito comum identificarmos algumas falhas na maneira como essa pessoa se alimenta.

Quais os principais erros alimentares cometidos no esporte?

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É preciso ter consciência de que, além de introduzir uma nova alimentação, será preciso consertar alguns equívocos para que o acompanhamento desse atleta ou praticante de atividade física tenha os resultados esperados.

Vamos a um exemplo clássico: recebo com bastante frequência pessoas consumindo WheyProtein após o treino de resistência. Já se é sabido que o WheyProtein é um suplemento riquíssimo em leucina e insulinotrópico (ou seja, que faz estimulo ao hormônio insulina). Tanto a leucina quanto o aumento de insulina são capazes de estimular uma via importantíssima para a síntese proteína (mTOR), além de fornecer substrato (proteína) para que isso aconteça. Contudo, de nada adianta um estímulo à síntese proteica pós-treino se os ajustes de macronutrientes (carboidratos, proteínas e lipídios) e micronutrientes (vitaminas e minerais) de todo o dia não forem feitos. Isso não significa que os alimentos ou suplementos escolhidos são prejudiciais, mas que o seu uso sem o acompanhamento e dose devidos não vai produzir o efeito desejado e ainda pode ser prejudicial à saúde.

De acordo com a minha experiência trabalhando com Nutrição Esportiva, os três hábitos alimentares mais comuns no meio são:

1 º) Uso de suplementos alimentares de maneira não orientada ou orientados por profissionais não capacitados para tal, sem ajustar primeiro a alimentação.

2º) Supervalorização do consumo de proteína por praticantes de treinamento resistido (musculação). Nesse caso, uma boa distribuição energética ajustando proteína, carboidrato e gordura de acordo com o peso de cada indivíduo são muito mais eficazes.

3º) Consumo exagerado de carboidratos, muitas vezes de qualidade ruim, por praticantes de endurance e pouca valorização do consumo proteico pelos mesmos.

E essa alimentação incorreta prejudica muito o atleta, que passa a ter dificuldade para alcançar seu objetivo, com queda de rendimento e pouca recuperação após a sessão de treino.

Diante do consumo incorreto de alimentos e suplementos e da importância da Nutrição nesses casos, é comum que o profissional da área se pergunte: “quais esportes e/ou atividades físicas requerem um maior cuidado por minha parte?”. E a resposta é mais simples do que se pensa: todas!

A variedade de exercícios físicos na atualidade é realmente grande, sendo que alguns ganham mais repercussão na mídia e outros possuem práticas tão específicas que requerem um trabalho diferenciado de acompanhamento. Mas, apesar de não haver problema nenhum em se especializar no auxílio a um tipo de exercício que te interessa ou que está em voga, é muito importante ter em mente que toda atividade exige um grande cuidado.  A diferença vai estar na maneira em que será abordado cada caso, considerando sempre o que o cliente precisa em termos de performance e o que será mais saudável no seu dia-a-dia. É por isso que, entender como funciona a bioenergética dos tipos de atividades é de extrema importância para uma abordagem em Nutrição Esportiva e torna mais fácil a conduta diante da grande gama de atividades praticadas.

Como a Nutrição Esportiva pode melhorar o desempenho do atleta?

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Até agora já sabemos que o trabalho da Nutrição auxilia o atleta e o praticante de exercícios na criação de uma rotina mais saudável e eficiente. Mas quais são os reais efeitos então de uma alimentação correta nesses casos?

Bom, em termos de resposta física à mudança alimentar, o acompanhamento nutricional é capaz de melhorar a formação de energia, aumentando o rendimento e, principalmente, ajudando na recuperação muscular e dos estoques de energia para que o atleta  possa cumprir as sessões de treino sem prejuízos de desempenho  e de saúde.

Por meio do acompanhamento nutricional, o atleta e/ou praticante de atividade física não é somente capaz de apenas manter um bom estado nutricional, com peso, percentual de gordura e massa muscular ideais. Com uma boa alimentação, ele passa a conservar um estado ótimo de macro, micronutrientes e compostos bioativos, que são de extrema importância para: uma boa formação de energia (melhora da função mitocondrial); um ótimo funcionamento de sistemas de defesa, melhorando a imunidade; combate ao estresse oxidativo (gerado naturalmente pela atividade, mas que não deve estar em excesso!) e da inflamação, o que reduz em muito os riscos de lesões musculares e articulares; melhorar a produção hormonal; e corrigir desequilíbrios intestinais.

Enfim, com um acompanhamento nutricional, ele não melhora somente a performance, como também todo o seu estado de saúde! Coisa boa, não?

Há aproximadamente quatro meses, recebi no consultório o atual Campeão Brasileiro de Mountain Bike. Ele me procurou, pois estava 5kg acima do peso com que havia competido no final do ano passado e sentia que estava prejudicando o rendimento. O que o atleta não sabia era que não era somente o peso que estava dificultando o bom rendimento nos treinos. Apesar de já ter passado por diversos profissionais, ele continuava cometendo os erros que encontro na maioria dos atletas de endurance (esportes de baixa ou média intensidade e de longa duração): tinha um consumo excessivo de carboidratos de péssima qualidade (comia no café da manhã pão branco com creme de avelã cheio de açúcar, caprichava no açúcar do café e comia macarrão branco com frequência), consumia pouca proteína e as únicas coisas que estavam ajustadas  eram as suplementações (valorização do suplemento e desvalorização de alimento).

Logo de cara, propus para que retirasse da alimentação praticamente todos os carboidratos simples, deixando-os apenas em momentos específicos (intra e pós-treino). Retiramos os alimentos industrializados e fizemos um ajuste de macronutrientes. Com 15 dias, ele já havia sentido melhora no controle da frequência cardíaca nos treinos e na recuperação e com apenas dois meses, o peso já era o desejado. Hoje, ele continua conseguindo ótimas colocações nas provas que compete,  mas a grande diferença é que agora se recupera rapidamente das provas nos finais de semana e consegue manter o rendimento ao longo da semana de treino.

A especialização em Nutrição Esportiva

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A nutrição esportiva é uma especialidade que cresce a cada dia no Brasil. Cada vez mais, não só atletas, como também praticantes de atividade física descobrem o quanto ela pode trazer de benefícios ao seu desempenho e à sua saúde. Isso torna o mercado da nutrição esportiva uma área de extrema valorização e procura.

E um atendimento que englobe as individualidades do indivíduo (necessidades energéticas, funcionamento de sistemas digestivo, hormonal, dentre outras) é de extrema importância para o sucesso nessa área.

Nem sempre é fácil saber qual especialização seguir e qual a melhor maneira de se estabelecer no ramo. Mas é normal ter dúvidas e foram elas que me direcionaram para fazer hoje aquilo que realmente gosto, que é trabalhar como nutricionista na área de esporte.

Aos 17 anos, tive que decidir qual profissão escolher, tarefa difícil para todo adolescente, não é? E confesso que a Nutrição nunca foi um curso que me chamou a atenção. Na verdade, nunca havia sequer me passado pela cabeça fazer Nutrição. Sempre fui apaixonada por esporte, mas não me via trabalhando como profissional de Educação Física. No dilema entre fazer Educação Física ou não, o curso de Nutrição abriu na UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora) e daí vi a possibilidade de trabalhar com esporte. Até quase o último ano de faculdade, eu ainda não tinha certeza se era realmente essa área que eu queria como minha profissão, pois me questionava muito sobre conceitos vistos na faculdade e não estava satisfeita.

Decidi então que faria dois cursos: terminaria a Nutrição, mas faria Educação Física. Precisei de apenas um semestre na Educação Física para descobrir que não era a minha praia e decidi fazer uma especialização em Nutrição Esportiva. Foi amor à primeira vista! Hoje tenho certeza de que não seria feliz em outra área e amo ajudar e mudar a vida das pessoas com o meu trabalho. E além de atuar aliando as duas temáticas, agora coordeno um curso de pós-graduação em Nutrição Clínica e Desportiva.

A capacitação para atuar nessa área não é simples, requer muito estudo, entendimento e bom senso, para que a Nutrição ganhe cada vez mais esse mercado de maneira ética e concreta. Mas posso dizer com certeza: se especializar é a melhor forma de ter embasamento científico e segurança para trabalhar com esse público que exige muita dedicação e conhecimento para ser bem atendido.

Fernanda Gargiulo
Nutricionista

Fonte: IESPE

Ser em essência e maturidade

Por Carlise Lima
Tem algumas frases que a gente escuta ou lê, num período da vida em que nos encontramos mais amadurecidos, que causa até estranheza.
“Dá para perceber sua essência!”, “Você é uma pessoa autêntica” , “Você é muito verdadeira” e por aí vai… são algumas das frases que ouço e falo obviamente, quando noto em alguém esse tipo de características. Não que me cause estranheza a identificação do perfil, mas me causa estranheza justamente o causar esse tipo de perplexidade nas pessoas, porque devia ser algo natural entre todo mundo, o ser exatamente aquilo que somos.
A questão de amadurecimento não tem nada a ver com idade, observamos diversos jovens muito maduros e pessoas com mais idade com comportamentos infantis.
Muita gente confunde maturidade com seriedade. Mas também confunde seriedade com sisudez, que pode ser definido como Mal-humorado; indivíduo que está sempre de mau humor.
E o que vem a ser maturidade? Buscando alguns significados sobre isso encontrei em http://michaelis.uol.com.br/ as seguintes expressões interessantes:
“Qualidade daquele que, por ter atingido a idade madura, age com reflexão, com bom senso e prudência.”
“Desenvolvimento pleno da inteligência e dos processos emocionais; estado em que um indivíduo goza de plena e estável diferenciação e integração somática, psíquica e mental.”
“Grau em que as atitudes, a socialização e a estabilidade afetiva de um indivíduo refletem, como característica normal do homem adulto, um estado de adaptação ou ajustamento ao seu próprio meio.”
Porque será que ao longo da vida, vamos mascarando aquilo que somos, no intuito de camuflar algumas características para representar outras? Olha o quanto de trabalho que isso dá! O desgaste que causa! Para lá na frente, olhar para trás e perceber muitas vezes, que as coisas teriam sido tão mais fáceis se tivéssemos agido como somos realmente. É tanto trabalho desnecessário que nos impomos não é? Vejo isso na minha vida, olhando muitas coisas lá de trás percebo o quanto me sufoquei em detrimento de outras coisas e/ou pessoas. E pagamos um preço muito caro por isso sempre. Era o que podia fazer naquele momento? Era! Não há condenação, mas constatação. E isso serve de impulso para não voltar a repetir tal comportamento nocivo novamente e se permitir ser, o que é, em essência.
Óbvio que é errando que se aprende e acho que não tem outra forma de aprender se não for assim. Se não percebemos que algo está errado ou então, que não cabe mais aquela postura na nossa vida, não haverá mudança nenhuma. A mudança parte de um percepção de que algo está em desalinho. Rubem Alves tem um livro com título muito sugestivo que chama “Ostra feliz não faz pérola”, e dentro ele relata que ostra que não tem o grão de areia em seu interior causando dor, não produz a substância lisa, brilhante e redonda ao redor do grão de areia que lhe arranha o corpo, que dará origem a pérola. Se não houver essa percepção, não há o que cause desconforto, portanto, não há o que precise ser mudado. Está tudo como deve ser, perfeito.
Porém, por outro lado, atingir a maturidade traz um ensinamento muito interessante. E aqui deixo uma outra expressão de maturidade encontrada no mesmo site.
“Estado de um fruto que alcançou seu desenvolvimento completo.”
“Fase de maior importância ou qualidade; qualidade do que é pleno; excelência, perfeição, plenitude”
Essa concepção de que maturidade, é algo que se findou é bem complicada, pra não dizer um precipício. Quem está completo, acabado não tem o que melhorar, não tem do que ser acrescentado, não tem o que agregar. E me parece contraditório dizer que maturidade é algo findo, justamente porque tenho a impressão de que atinge a maturidade, aquele que percebe que há a necessidade de constante aprimoramento.
Se analisarmos, tanto na fase pré amadurecimento, como na fase em que se considera maturidade como algo findo, pleno, completo, o indivíduo não percebe que há a necessidade de aprimoramento. Mesmo que internamente ele tenha a sensação de estar pronto e perfeito.
Estamos em constante transformação, e por isso considero que sempre temos o que aprender.. O professor Mário Sérgio Cortella num livro chamado “Não estamos prontos” diz:
“Nascer sabendo é uma limitação porque obriga a apenas repetir e, nunca, a criar, inovar, refazer, modificar. Quanto mais se nasce pronto, mais se é refém do que já se sabe e, portanto, do passado; aprender sempre é o que mais impede que nos tornemos prisioneiros de situações que, por serem inéditas, não saberíamos enfrentar.
Diante dessa realidade, é absurdo acreditar na idéia de que uma pessoa, quanto mais vive, mais velha fica; para que alguém quanto mais vivesse, mais velho ficasse, teria de ter nascido pronto e ir se gastando…
Isso não ocorre com gente, mas com fogão, sapato, geladeira. Gente não nasce pronta e vai se gastando; gente nasce não-pronta e vai se fazendo. Eu, no ano 2000, sou a minha mais nova edição (revista e, às vezes, um pouco ampliada); o mais velho de mim (se é o tempo a medida) está no meu passado, não no presente.”
Que a gente possa constantemente se observar, e ter a certeza de que podemos ser melhores a cada dia, transmitindo às outras pessoas a nossa edição mais recente, com cheirinho de livro novo…sempre!
Por Carlise Lima
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