LUTO

Luto é o sentimento de tristeza pela morte ou pela perda de alguém… Sentimento que faz doer à alma, nada pode trazer a cura. Restando apenas aceitar que é o ciclo da vida,

Dia 02 de novembro dia de finados, feriado nacional criado para honrar e lembrar as pessoas que já faleceram. Mas, se olharmos um pouco mais para nossas atitudes, nosso cotidiano, nossa vida. Como anda o nosso luto?

Matamos os encontros de família por falta de tempo, deixamos os sonhos de lado pela busca do salário ideal. Torturamos aqueles que nos trouxeram a vida “pai, mãe, avós” com a saudade, vivemos kilometros de distancia entre quatro paredes da casa.

Discutimos etnia, ideologia, política e até mesmo economia nas time line, mas não conseguimos 10 minutos sentados na mesa com o pai, avó pra ouvir suas estórias de bravura.

Matamos as flores da jardineira e a substituímos pelas de plástico;

Matamos os nossos valores, não combinam com a nova #hashtag.

Entramos em luto pela democracia, pela tragédia do país vizinho, entramos em luto pelo artista, pela eleição do reality show, mas não percebemos o luto de quem em agonia morrendo dia a dia na depressão, na solidão na velhice!

Matamos com palavras, gestos e com a ausência!

Matamos o tempo, os encontros, os sonhos e só percebemos o luto quando aqueles que amamos se cobrem com a tampa de um caixão. Onde jamais será aberto!

O luto nem sempre é relembrado ele por diversas vezes é vivenciado em preto e branco.

Dê flores para ver sorriso, não espere elas ficarem murchas no cemitério no dia 02 de novembro de cada ano.

(Matilde Blum)

Cuida desse sorriso menina!

Cuida menina! Preserva! Algumas tempestades vêm, mas não permita que elas tirem de você a alegria de viver. Sorrir é viver! E viver é sentir! Costumo falar que sorrir com os lábios é simples, quero ver é sorrir com os olhos! O que te faz sorrir por dentro? O que te faz dar gargalhadas gostosas daquelas que chega doer a barriga?

Há quanto tempo você não faz isso? E porquê? O que cerceia sua felicidade na prática? Já pensou nisso?

Não fique só observando a sua vida por uma fresta na janela! Vá lá! Interaja! Abrace! Sinta o toque! Ria! Se for necessário chore também, mas não se demore lá viu? Não faça morada. Deixe sair o que transbordou, mas volte para si mesma e retome sua alegria. Não se perca de si mesma de novo. Não se diminua para caber em mundo algum. Não se engesse para caber em lugares apertados. Ofereça seu sorriso sempre, e se não receber outro de volta não se entristeça, o importante é que VOCÊ ofereceu o seu melhor, o seu lado mais bonito.

Não assista a vida como mero espectador, seja o ator principal! Tempo que passou é tempo que não volta. Então seja feliz, atue e não apenas observe!!!!

Faça o que gostar, se for algum esporte, faça, se for escrever, escreva, se for alguma habilidade artística, coloque em prática, mas não se anule. E também não feche portas, cada um de nós tem um tempo para determinada coisa, só não se apague nessa espera. Cuide para que a sua chama da alegria não morra novamente! Às vezes a gente simplesmente não cabe em alguns mundos, simples assim.

Tenho um amigo que sempre que vai se despedir de mim, em uma ligação diz: “Cuida desse sorriso por nós!” Que coisa mais linda isso! É de um carinho que não sei medir, nem descrever… apenas… sentir.

A vida passa tão rápido, quando percebo que tenho 40 anos e que já vivi um pouco mais da metade da minha vida, me pergunto: Vou colocar mais entraves ainda para viver o que me resta viver?!? Não! Até quando viver com o freio de mão puxado? Não estou dizendo que é fácil fazer tudo isso, mas se não tentar pelo menos…aí mesmo que o mundo fica sombrio.

Então… cuida desse sorriso menina… por nós!

Instagram @limacarlise
Facebook Carlise Lima

Da alma para a pele

‎مكتوب (maktub): “Particípio passado do verbo Kitab. É a expressão característica do fatalismo muçulmano. Maktub significa: “estava escrito”; ou melhor, “tinha que acontecer”. Essa expressiva palavra dita nos momentos de dor ou angustia, não é um brado de revolta contra o destino, mas sim a reafirmação do espírito plenamente resignado diante dos desígnios da vida” 🏹🌹💖✨♻🦋
— Ser forte não é só empunhar a espada, mas saber dançar com ela, junto ao coração.
Temos a ilusão do controle, mas, quando tudo muda a seu próprio modo – sem nossa autorização ou previsão –, quando nos vemos diante dos obstáculos da vida, podemos sempre escolher entre dançar com ela o novo ritmo que se impõe ou bradar em revolta pelas mudanças a nosso contragosto.
Eu escolhi seguir o baile, aproveitar a valsa, ver tudo terminar em samba.
Eu entendi que tudo que podemos fazer é o nosso melhor, enquanto temos fé em Deus e no destino.
Eu aprendi a ser grata por tudo aquilo que se apresenta, como um presente e como uma lição – tudo engrandece, tudo é parte da evolução.
Eu preferi não gastar minha voz com ódios, rancores ou dessabores, mas antes mostrar, em sorrisos, abraços e beijos, a luz que eu quero ver brilhar no meu caminho.
Eu resolvi florescer e transformar minha flecha em flor e o meu alvo no amor.
Eu optei por dar antes de receber, ser em lugar de esperar, transcender ao invés de apenas sonhar.
Eu decidi ser feliz!
Gabriela Natarelli
Instagram (@gabinatarelli)

Sonhos de infância

 
Quem nunca olhou uma velha foto, aquelas onde o mundo se resumia em brincar, comer e dormir. O maior desafio era não mijar na cama! Aquela foto no álbum da casa da avó, da madrinha ou mesmo dos pais.
 
Ao olhar de primeiro momento é uma gargalhada, depois um pouco inibido e de repente tantas lembranças começam a surgir. A alegria de momentos tão puro, felicidades na simplicidade.
 
Também a tristeza da perda de tantas pessoas queridas, sejam as que se foram para seu lado eterno ou mesmo as que perdemos no dia a dia. Aqueles amigos de queimada, jogos de betes, bolinha de gude, pular elástico, amarelinha…!
 
Neste mesmo tempo, ganhamos pessoas, orientadores e influenciadores; descobrimos que:
– Natal se tornou a reunião familiar para um churrasco e talvez o jantar com os pais. Papai Noel se foi!
 
– Domingo de páscoa só o coelhinho dentuço com chocolates de marcas caras nos tornando refém da Tv.
 
– Doze de outubro só mais um feriado para injetar “alivio na economia” ao comercio, servindo apenas para a compra de presentes, faturados em parcelas dos cartões de credito. Presentes para os filhos, irmãos, sobrinhos!
O tempo é tão corrido faz se a compra pela internet mesmo, sem perder tempo para escolher…A transportadora pode entregar no endereço destacado.
 
Onde esta aquela criança da fotografia hoje? Por onde anda os sonhos dela? Não os realizou? Seriam conseqüências de suas escolhas…? Os sonhos não morrem porque crescemos, nós os matamos pouco a pouco ao olhar apenas para nosso umbigo.
 
Tornamos-nos adultos chatos, sem tempo, sem crê na pureza da vida, sem pensar em quem apenas deseja crescer. Se a vida não anda esperançosa a nós adultos, imagine para os pequeninos que ainda desafiam-se a não mijar na cama.
 
Para o dia doze de outubro dá uma olhada em seu bairro, sua cidade, faça uma caminhada aos redores dos pontilhões e alguns abrigos. Há crianças deitadas em seus papelões molhado, com resto de pão, com o verdadeiro desejo de ser o jogador de futebol ou quem sabe um advogado.
 
O maior presente que alguém pode dá a uma criança é: Direito de nascer, direito de viver, amor, respeito humano, alimentação, educação, formação… Cuidar de sua nação (país) hoje para que ela possa no futuro também os ter.
 
Matilde Blum

Auxiliar alguém

Por Carlise Lima

Se tem uma das coisas que trazem alegria para a alma é a oportunidade de auxiliar alguém.

Buscando no dicionário o significado dessa palavra encontrei:

“Que socorre, que acode; que providencia ou dá atendimento, proteção ou amparo”

Auxiliar alguém de forma despretensiosa exige muito amadurecimento. A ação por si só, sem desejar nada em troca, não é para muitos. Na grande maioria das vezes as pessoas esperam um retorno daquilo que ofereceram à alguém.

Prestar auxílio sem a necessidade de haver uma contraprestação é o melhor alimento para a alma! Quando estender a mão à alguém querido, e demonstrar que independente do que acontecer, esse outro não está sozinho, é você também o beneficiado! Ver um sorriso no olhar alguém, decorrente de algo que você fez não tem preço!

É nesse momento, que temos a oportunidade de constatar que não fomos atropelados por tantas coisas estúpidas que endurecem alguns corações hoje em dia. É onde temos a chance de provar para nós mesmos que não fomos embrutecidos…

Eu não sei você querido leitor, mas cada vez que tenho a oportunidade na minha vida, de constatar que apesar das dificuldades, das dores enfrentadas, das decepções, de passar pela sensação de que não vou dar conta de tanto sofrimento, ainda sim, existe uma força aqui dentro que mantém viva essa chama de esperança, de acreditar numa vida melhor, que me impulsiona adiante, que me faz reagir e sair daquele buraco negro em que me encontrava emocionalmente. E confesso para vocês que sinto um orgulho tremendo quando constato, mesmo diante de lágrimas, que não me embruteci, que não perdi minha essência, que não deixei de preservar um lado amoroso e que acredita nas pessoas de bem. Por diversas vezes fui auxiliada, hoje graças a Deus tenho a chance de fazer isso, e a forma que encontrei, foi colocando em textos tudo que sinto.

Sabe uma coisa que gosto de fazer? Quando nesses acasos da vida, estou em determinado local, e surge algum idoso e me dá a chance de começar um bate-papo. Seja sobre o assunto que for, o tempo, a vida, o cotidiano, a fila, enfim … gosto de ser ouvinte, de dar o meu tempo, gosto de ouvir as risadas gostosas, de ver aquele sorriso genuíno, simples de quem já viveu uma vida inteira e hoje tem a certeza de que da vida nada se leva senão as coisas mais simples.

Lembro do meu avô paterno, uma figura de aparência extremamente forte, um homem de estatura alta e larga, imponente, que impunha um respeito rigoroso, por vezes até severo. Mas na sua intimidade, despido de todas as máscaras que por defesa utilizava, possuía uma risada tão gostosa, chegando a ser de aconchego! Consigo ouvir ainda o seu riso nas lembranças doces que guardo.

Tenho na memória momentos incríveis que pude passar com ele quando criança. Quando tinha por volta de 11 ou 12 anos, lembro dele querer me ensinar a falar inglês, óbvio que ele não sabia, nem tinha instrução para tal mas ele criava um dialeto próprio e dentro daquele momento especial nos divertíamos muito, falando “isteclinguis”. Naquele momento, nos auxiliávamos mutuamente. Era maravilhoso!

Por Carlise Lima
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